Através de uma instalação na Faculdade de Belas Artes (FBAUL), exploramos a diversidade das expressões artísticas independentes de uma geração mais recente de estudantes da FBAUL. Convidamos que o público veja para além da pedra, para além das convenções estabelecidas, abrindo espaço para novas interpretações e apreciações artísticas através de produções de alguns estudantes. ‘PRA’ ALEM DA PEDRA’ é uma proposta de ligação a uma audiência mais ampla.
Design de Comunicação
2023/24
21/05–23/05
Faculdade BElas Artes
Lisboa, Portugal
A Inês, incentivada pelos seus pais e professores desde cedo, foca a sua arte em retratos e autorretratos que expressam emoções e narrativas. Inspirada por Banksy e Basquiat, ela valoriza a liberdade expressiva e o estilo de esboço. A sua arte reflete a sua mente impulsiva, capturando a essência das suas personagens através de expressões e detalhes subtis, sem seguir uma abordagem realista.
Utilizando música para se conectar com as suas personagens, Inês aborda temas como saúde mental, explorando diferentes perspectivas e experiências. O seu processo criativo é impulsivo e intuitivo, surgindo frequentemente à noite. Deseja alcançar a autenticidade e individualidade, com os seus desenhos que são extensões da sua mente em constante transformação, capturando momentos de introspecção e autoexpressão.
A arte da Inês sempre foi uma paixão intrínseca, desde os primeiros rabiscos até à arte digital, influenciada por desenhos animados, anime e artistas contemporâneos como @sakrafka, @hushpuppy_art e Cassandra Jean. Inspirada por Caravaggio e Francisco de Goya, o seu estilo explora temas obscuros e transmite mensagens profundas.
A Inês aborda temas queer, anti-racistas e feministas nas suas obras e planeia aprender animação para expandir as suas criações. Ela enfatiza a importância da paixão na arte e encoraja outros a seguirem os seus próprios sonhos criativos sem se compararem ou criticarem excessivamente. A sua mensagem final inspira o otimismo e a determinação na jornada artística.
A jornada da Mariana na arte começou com o estudo de multimédia e evoluiu para o desenho, tornando-se na sua principal área de estudo e uma parte essencial da sua identidade criativa. O seu diário gráfico é uma extensão de si mesma, onde registra experiências, pensamentos e emoções.
As suas expressões artísticas abordam temas de intimidade e conforto, frequentemente centrados na ideia de "casa" e simbolizados pelo cão, que representa conexão e simplicidade. O desenho é uma forma autêntica de comunicação para ela, sendo parte essencial de sua identidade e autoexpressão. Enfrentando desafios com otimismo, Mariana vê a sua prática artística como uma jornada contínua de autodescoberta e crescimento.
Para o Martim, a arte é uma forma de comunicação íntima, expressando emoções e experiências através de gestos fluidos e expressivos, criando poemas visuais. Influenciado por haikus, Anselm Kiefer e Júlio Pomar, o seu trabalho sintetiza formas e cores inspiradas em paisagens físicas e emocionais, especialmente do Ribatejo.
Explorando a intersecção entre o real e o fictício, o figurativo e o abstrato, as suas obras refletem uma jornada interior. Atraído por novas formas de expressão como serigrafia e gravura, o Martim procura pela perfeição e inovação, enfrentando a preguiça enquanto se autodescobre e transforma. Para ele, a prática artística é uma expressão da alma, permitindo contemplar tanto o mundo exterior quanto os mistérios internos, e manifestar complexos estados de espírito além das linguagens tradicionais.
Esta conta de memes criada por alguém anónimo, serve como um canal de comunicação não convencional, permitindo que os estudantes expressem as suas frustrações e observações de uma forma leve e descontraída através do humor. Ao transformar o descontentamento em piadas, promove-se um ambiente de boa disposição dentro da comunidade académica.
A Miriam explora a diversidade das artes plásticas, procurando a coerência nas suas técnicas variadas. Inspirada por artistas como Hanne Darboven e poetas como Al Berto e Maria Mercè Marçal, esta conecta formas abstratas de expressão com narrativas fragmentadas. A sua arte enfatiza padrões, repetições e texturas, com o foco no gesto espontâneo.
Desejando ser cineasta, vê a prática artística como um campo para experimentação e colaboração, explorando novas formas de expressão e a beleza das nuances cotidianas. Encontra inspiração no silêncio, música e ambientes visitados, valorizando o contexto em que a sua arte é recebida.Adotando a ideia de eterna metamorfose, Miriam reconhece que a sua arte está em constante evolução, embora mantenha elementos constantes de inspiração.
Desde jovem, que a Inês era impaciente e raramente desenhava. No 5º ano, começou a interessar-se por arte através de rabiscos nos cadernos. No secundário, desencorajada pelo foco no realismo, redescobriu a escrita e voltou ao desenho intuitivo.
Nostálgica e propensa a esquecimentos, vê a arte como uma forma de processar e preservar as suas memórias, abordando a vida de maneira ingénua e leve. Assim a sua arte reflete descobertas e reencontros com o passado, incentivando os outros a explorar as suas próprias jornadas de autodescoberta e a abraçar a leveza da infância enquanto enfrentam os desafios da vida adulta.
O trabalho da Sara engloba a ideia e acaso, dando um novo propósito a objetos abandonados. O seu processo criativo começa com um caderno de ideias que fermentam até que o acaso, muitas vezes na forma de objetos encontrados, intervirem. A rua é o seu estúdio, onde encontra a sua inspiração e estímulos.Recentemente, pacotes de bolachas abandonados inspiraram uma reflexão sobre disparidades sociais.
Metade foi distribuída para pessoas sem abrigo e a outra metade emoldurada, transformando desperdício numa declaração sobre empatia e desigualdade. Para a Sara, a rua é uma fonte infinita de inspiração e criatividade, onde experiências são transformadas em obras provocativas. A sua arte promove conscientização e mudança social, manifestando compaixão, reflexão e transformação.
A jornada artística de Silver começou com a vontade de aprimorar as suas habilidades de desenho e experimentar novos materiais, cores e texturas. Os seus seis diários gráficos de observações e estudos de perspectiva evoluíram após uma ilustração de uma falésia, remetendo à sua casa, transformando o seu processo criativo.
Para Silver, a arte é um diário íntimo, uma forma de desabafar e relembrar momentos significativos, testando novas técnicas e ideias constantemente. A sua arte dá vida às suas experiências e memórias, cada obra sendo uma manifestação de sua identidade e uma lembrança de sua jornada no mundo da arte.
A Sofia motiva-se por questões sociais e tecnológicas, utilizando o humor e a ironia nos seus trabalho artístico. Critica o uso da Big Data por corporações e a exploração de dados pessoais, expondo a ironia de uma sociedade que valoriza informações com critérios questionáveis.
Seu trabalho nasceu da introspecção, refletindo emoções negativas. No projeto "Pedra Magmática", uma luz vermelha simboliza o tumulto emocional. Embora a sua dor pessoal influencie sua arte, esta foca-se na mensagem transmitida.O seu processo criativo envolve tentativa e erro para expressar a sua visão contemporânea, desafiando normas e convidando o público a repensar seus valores.